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"Este blog é um trabalho dedicado a todos aqueles que participam da Educação e se dedicam a ensinar e aprender."

terça-feira, 23 de abril de 2013


Andragogia: Realidade na Educação Brasileira

                Com o crescimento do poder aquisitivo do brasileiro e a expansão do mercado de trabalho vemos hoje nas salas de aula um número cada vez maior de adultos voltando a estudar. Alguns começando das séries iniciais ou continuando o ensino fundamental, outros que terminaram o ensino médio e procuram cursos técnicos e faculdades.
                As motivações dos alunos adultos são as mais variadas, desde a busca por melhores cargos em empresas, maiores salários e até satisfação pessoal de “terminar os estudos”. Esse perfil de aluno deve ser considerado nas suas particularidades:
Objetividade: Primeiramente o aluno adulto é sempre mais objetivo na sua identificação com a aprendizagem. Diferentemente de uma criança ou adolescente, este está em uma sala de aula com objetivos claros quanto às suas necessidades
de conhecimento e a aplicação dos mesmos na sua realidade.
Autonomia: O adulto também se considera responsável pela própria aprendizagem, conhece suas dificuldades e necessitam do reconhecimento da sua capacidade de autodireção. 
Experiência: O adulto traz para seu processo de aprendizagem a comparação com suas experiências de vida que devem ser levadas em consideração.
Disposição: Adultos são alunos dispostos aos desafios da aprendizagem desde que ele se identifique no seu cotidiano com o conhecimento a ser adquirido.
                O desafio para o professor se concentra em conseguir a comunicação com o aluno atendendo suas necessidades específicas e desenvolver a aprendizagem de forma eficiente. A andragogia trata disto da educação do aluno adulto como um perfil diferenciado.
                A graduação infelizmente hoje não prepara professores para a andragogia, para que o professor tenha a mesma idade e até mesmo seja mais jovem que o seu aluno. É com espanto que vejo na sala de aula, meus alunos que indagam primeiramente minha idade antes mesmo da minha formação. O antigo conceito que a pessoa que tem seus cabelos brancos pode e tem mais sabedoria e capacidade de lecionar ainda impera em nossas salas de aula.
                É um desafio enorme quebrar alguns conceitos sobre os perfis de professores, e essa mudança deve ocorrer dentro das faculdades preparando o acadêmico da licenciatura para lidar com cada vez mais adultos em sala, com os mais variados perfis de alunos dentro da mesma sala de aula.
                A relação professor-aluno é bem diferente, pois algumas vezes é preciso compreender que estes papéis são facilmente invertidos durante as aulas. Cada um contribui com seu conhecimento prévio e várias vezes é necessário parar para ouvir o que este aluno tem a contribuir e é relevante dar importância a participação destes alunos, pois assim estes se sentem motivados durante o dia a dia da sala.
                A recompensa de um bom trabalho em salas de jovens e adultos é a demonstração dos resultados, seja nas avaliações ou nas relações fora de sala de aula, pois é bem comum o aluno adulto reconhecer a afetividade desenvolvida no trabalho em sala e levar suas experiências adquiridas para seu trabalho, família ou comunidade.  

Pâmela Patriota

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