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domingo, 25 de março de 2012

A ORIGEM DO ZERO

Ilustração retirada da Internet.








A história da Matemática é fascinante em toda sua plenitude, e se desenvolveu muito parecidamente quanto aos símbolos criados por diferentes povos, hoje vamos conhecer a origem do algarismo zero e como isso mudou toda a História.
Para isso precisamos entender que os primeiros símbolos sempre indicavam quantidades pela necessidade que o homem sentiu de representar os números do seu cotidiano, valores reais que representavam através de pedras que começaram a pesar com o aumento dos rebanhos, riscos em lascas de ossos ou pinturas em cavernas. Inicialmente pintavam um traço para cada um dos animais ou objetos que se queria “contabilizar”, logo isso ocupava muito espaço quando estes aumentaram consideravelmente. Nessa fase o homem necessita “simbolizar” valores e aí a Matemática começa uma “amizade” com o homem que o levará muito mais longe do que se quer ele poderia sonhar.
Várias tribos e povos representavam quantidades simbolicamente, mas apenas os povos que possuíam sistemas posicionais, ou seja, cada um dos símbolos criados era posicionado de maneira a representar quantidades maiores que 10, por exemplo. Esses povos foram os Babilônios, Hindus, Chineses e Maias.
Os babilônios representaram em suas tábuas seu sistema sexagesimal e a ausência de quantidades foi durante um tempo representado pela ausência de um símbolo, ou seja, o nosso símbolo protagonista nasceu justamente da ausência do símbolo. A grande questão sobre o zero é que o homem teria que representar quando não havia nada, e o nada durante muito tempo representou-se por si só, ou seja, sem símbolo = sem quantidade. Com o tempo isso provavelmente causou confusão. Os babilônios levaram seu sistema até a Índia e os hindus que já usavam a palavra sunya que significa lacuna ou vazio, para representar o que viria com o tempo a ser o zero. É possível que o mais antigo símbolo hindu para zero tenha sido o ponto negrito, que aparece no manuscrito Bakhshali, cujo conteúdo talvez remonte do século III ou IV d.C., embora alguns historiadores o localizem até no século XII. Os chineses incorporaram a ideia dos hindus em seu sistema que era muito mais complexo e antigo, porém não havia o zero representado simbolicamente.
Evolução do sistema Hindu


Os povos Maias estavam à frente de todos os povos já citados, pois sempre representaram a ausência de quaisquer unidades das várias ordens do sistema de base vinte por eles utilizado. O que demonstra que o zero para o povo maia sempre teve seu lugar definitivo, representando simbolicamente a ausência, o nada que ali existe apesar de ser nada.
O simbolismo do algarismo zero é indubitavelmente a maior descoberta do homem na Matemática, pois admitindo através da simbologia que o nada existe e representando-o o homem admite em sua mente o primeiro pensamento abstrato, e começa a desenvolver o que seriam os primórdios do raciocínio abstrato da Matemática Moderna, do Cálculo Diferencial e Integral, da Geometria Analítica, Geometria Plana, Números Complexos, Números Binários e tantos outros seguimentos que necessitam deste princípio básico de abstração, de passagem do concreto para o abstrato, de imaginar, projetar, acompanhar uma evolução numérica futura. A teoria do infinito é também um dos frutos da “representação do nada” tão difícil de inserir inicialmente e tão fácil hoje de explicar.


Sistema de Numeração Maia com pontos




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