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domingo, 22 de abril de 2012

Estuda menino!





Ainda pequena a criança recebe vários incentivos sobre as decisões que terá que tomar no futuro quanto a sua profissão. A pergunta: “o que você quer ser quando crescer?” é comum ser feita pelos pais e por professores para as crianças, mas esta mera curiosidade deve ser ponderada.

A relação da criança com uma futura profissão está ligada ao prazer de fazer alguma atividade que goste geralmente relacionada às brincadeiras, então é comum que queiram ser desenhistas, motoristas, médicas, professoras, a profissão também tem uma relação de admiração com quem pratica tal atividade, por exemplo, se o pai for médico e a criança tem uma relação de afetividade intensa ela poderá querer ser igual ao pai.

Um erro comum entre pais e professores é criar uma relação entre escola e “querer ser alguém na vida”, é como se o principal objetivo de estudar seja ter uma profissão em que se ganhe bastante dinheiro. Ouvíamos muito “se você não estudar vai virar lixeiro” e hoje ouvimos “até para ser lixeiro precisa ter ensino médio”. Essas frases, ditas na intenção de incentivar os estudos, na verdade produzem no aluno efeitos negativos, relacionando algumas profissões ao fracasso. Como se a pessoa que trabalha como lixeiro fosse alguém que não quis estudar, alguém fracassado. Este conjunto de frases gera hostilidade, gera uma expectativa de que basta estudar muito e pronto, logo as possibilidades de fracasso acabam, e na verdade não funciona assim. Vivemos numa sociedade em que não há oportunidades para todos, existem muitas pessoas com diplomas nas mãos desempenhando funções que não dizem respeito à sua formação.
O objetivo principal de estudar é adquirir conhecimentos, é aprender valores, conhecer a História, contribuir com a sociedade, deve existir o prazer em conhecer, em estar em comunidade, em compreender o ser humano. A profissão também não pode estar ligada somente ao valor pago pela ocupação, existem atitudes profissionais não podem ser monetizadas, e a ideia de valor é relativa, o mercado de trabalho segue uma lógica própria que não depende só dos méritos da profissão, depende também do cenário econômico e das necessidades atuais da sociedade.

Os incentivos para estudar, fazer as tarefas, ir à escola devem vir por outros caminhos, mostrar ao aluno como é bom estar na escola, os benefícios para ele como ser humano e também ter uma escola atrativa, que produza atividades que tenham sentido e que gerem prazer e que deem oportunidade de criar, desta maneira construiremos conhecimento dentro e fora dos muros da escola gerando a autonomia.

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