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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A caverna que há em todos nós










MITO DA CAVERNA: está no livro VII - A República
"Platão imagina uma caverna onde lá se encontram alguns homens presos desde a infância. Por estarem acorrentados não possuem a possibilidade de ver a entrada somente enxergam o fundo da caverna, e aí são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira. Entre a fogueira e os prisioneiros passam um caminho elevado onde foi erguida uma espécie de mureta como se fosse um palco de marionetes. Ao longo da mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todo tipo de coisas. Esses prisioneiros contemplam as projeções (imagens) dos seres que compõem a realidade.
Esses prisioneiros por estarem acostumados a ver essas projeções possuem a ilusão de que o que eles vêem as sombras do real é a verdadeira realidade.
Caso algum desses homens conseguisse se soltar das correntes e escapasse da caverna e contemplasse a luz, ou seja, o mundo luminoso da realidade, ficaria ele liberto da ilusão das sombras.
É claro que, esse homem por estar acostumado ao mundo das sombras, às ilusões, precisaria habituar-se a nova visão, a da realidade. Após ter contemplado os verdadeiros objetos à luz do dia, caso regressasse à caverna e relatasse aos seus companheiros, esses não acreditariam em suas falas, os denominariam de louco ou até mesmo chegariam a matá-lo como forma de silenciá-lo."


Considerações sobre o Mito da Caverna:

Quando Platão escreve o Mito da Caverna, usa de sua linguagem simbólica para dissertar sobre o comportamento social dos indivíduos condicionados a uma realidade que pode ter sido imposta, uma vez que estão acorrentados dentro da caverna, estas correntes representam os fatores culturais, sociais ou políticos que aprisionam o povo no escuro, mais uma metáfora, este 'escuro' é a falta de conhecimento que assola todos os prisioneiros. Há ainda as sombras que são a única fonte de visão da suposta realidade, Platão fala em marionetes que produzem tais sombras.
O Filósofo sugere a coragem de tentar "escapar", quando um de seus prisioneiros escapa e vê o que há fora da caverna e sob a "luz" que pode ao início cegar-lhe os olhos, este corajoso finalmente enxerga o real que através das sombras foi corrompido ou fantasiado. O desejo que lhe invade de tentar salvar seus companheiros é a chama da esperança de mudar a realidade da sociedade, o desejo de melhorias, de sabedoria e poder.
Quando Platão sugere a hipótese de morte para aquele que voltou a caverna para salvar os companheiros que incrédulos e cegos pelo que sempre acreditaram existir o consideram louco ou mentiroso, representa aí os mártires, a estranheza da sociedade em relação a tudo que é novo e real, pois o real aqui é diferente do que foi sempre visto.
Na Idade Antiga, no nascimento da Filosofia, Platão acertou no coração da sociedade jogando na mesa o que a falta do conhecimento trás e como renegamos o que não conhecemos. O que se aplica perfeitamente hoje, pois os fatores são os mesmos e as consequências também.
Estamos presos por muitas correntes, e cada dia deve nascer a necessidade de arrebentá-las pois as sombras são a completa ilusão e nem o que se considera mais sábio está fora da caverna. A Humanidade ainda tem muitas correntes para arrebentar e ainda terá muito o que enfrentar quando chegar a luz (se acaso acontecer).



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