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sábado, 20 de agosto de 2011

Educação Sexual – Polêmica e divergência entre pais e educadores

Imagem retirada do Google





Apesar de todos os índices de gravidez na adolescência e de aumento do contágio por doenças sexualmente transmissíveis, as DST’s, escolas brasileiras ainda encontram muitos problemas quando se trata da educação sexual. As dúvidas e divergências começam com a seguinte questão: quando se deve abordar sobre sexo e prevenção com os alunos? Existe idade apropriada? Quem deve fazer essa abordagem? Devem-se fazer palestras ou a abordagem deve ser em aula? Os pais concordarão com o conteúdo abordado em sala?
O fato é quem em sua maioria as aulas que abordam educação sexual começam em sua maioria por volta da sétima série do ensino fundamental, quando os alunos estão na adolescência por volta dos 12 ou 13 anos de idade, porém a realidade é que muitas vezes já existem alunas grávidas ou que já possuem filhos quando têm essa idade. A abordagem sobre sexo deve ser feita já desde as séries iniciais, claro que e maneira diferenciada, de acordo com a idade dos alunos, uma vez que não se chega numa sala de alunos de 8 anos de idade e lhes entrega camisinhas sem que estes tenham a mínima noção da função disso, por outro lado não dá para simplesmente negar que os meios de comunicação hoje dão acesso livre aos conteúdos para essas crianças e adolescentes, que muitas vezes assistem cenas ‘quentes’ nas novelas e filmes e a partir daí formam sua própria visão do que é uma relação sexual.
Os professores, coordenadores e diretores devem abolir a prática da negação desta responsabilidade social, pois a escola ao contrário do século XIX que só ensinava conhecimento científico, hoje tem participação efetiva na construção do ser humano enquanto cidadão esta função faz da escola uma grande responsável pela educação moral, sexual, sociológica e cidadã de seus alunos. Este “jogo de empurra” de quem é a responsabilidade: família versus escola, não cabe mais na realidade em que vivemos, onde temos mais adolescentes sendo pais precocemente, ficando mais doentes e ainda por consequência não conseguem terminar seus estudos gerando outros tantos problemas sociais como a marginalidade social, no sentido de viver à margem da sociedade.
Enquanto aos pais por que não fazer reuniões onde o tema não é apenas a entrega de boletins? Por que não apresentar os projetos de educação sexual em reuniões entre pais e mestres? Será muito mais simples se estes pais souberem a importância desta atitude na formação de seus filhos, e que ao contrário dos meios populares de comunicação e mídia,  onde o tema sexo é conceituado como um ato de responsabilidade e maturidade e não apenas um encantamento rodeado de paixões avassaladoras. Poderiam ser feitas sugestões para que a integração pais e escola e comunidade de fato aconteça. Uma vez que o tema sexo em casa muitas vezes não ganha espaço por falta de conhecimento dos próprios pais e ainda a vergonha, por ainda se considerar um tema “censurado”.
O Ministério da Saúde tem vários projetos de distribuição de preservativos nas escolas como o Programa de Saúde na Escola – PSE, porém só distribuir camisinhas sem trazer informação junto não faz o efeito desejado.  As palestras são muito importantes, contudo atividades em sala de maneira conjunta, ou seja, todos os professores trabalhando juntos sobre o tema faz com que o assunto não seja algo “especial” e sim natural, e que faz parte do dia a dia. Isso inclui professores de todas as áreas de conhecimento não só os de biologia, que atualmente sempre ficam encarregados da tarefa. Convidar médicos, psicólogos e assistentes sociais para palestrar também é de grande valia uma vez que se podem fazer trocas de conhecimento através de perguntas.
Capacitar os professores, coordenadores e diretores sobre a educação sexual também contribui para que os “tabus pessoais” de cada educador sejam quebrados e que cada um entenda seu papel na formação dos alunos e que educação sexual se faz necessária sim na formação de um cidadão.
O perfil do nosso aluno está anos luz da realidade pintada hoje em nossas escolas, uma vez que negar a existência de algo tão comum no mundo fora dos portões da escola ainda é um retrocesso grande que faz com que não cumpramos uma tarefa tão crucial que pode evitar o caos em que muitos adolescentes e jovens se encontram: um filho inesperado ou uma doença de difícil tratamento ou sem cura como o HIV (Aids) ou HPV (Papiloma Vírus).

Um comentário:

  1. concordo com você Pâmela o tema deveria ser mais abordado nas escolas

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